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Uma sobrevivente de cancro pergunta: “Porquê esperar?”

 

Se for como eu, poderá ter passado por momentos na sua vida em que se apercebeu como a vida é fugaz e preciosa. O nascimento de uma criança; a perda de um ente querido; sobreviver a uma doença mortal, a um acidente ou a um acto de violência; um evento espiritual ou outra experiência transformadora de vida podem recordar-nos que não devemos assumir que estaremos sempre vivos e presentes.  

O meu lembrete pessoal chegou com o meu diagnóstico e tratamento de cancro da mama. Manter-me segura e confortável, fazer as coisas por hábito e fazer as escolhas que me pareciam devidas em vez das que queria realmente fazer eram os princípios que governavam a minha vida antes de me tornar sobrevivente. O cancro mudou a forma como eu vejo o mundo. Ensinou-me a escolher conscientemente a esperança em vez do medo, a luz em vez da escuridão, o cinzento em vez do preto e branco, a paz em vez da ansiedade, a partilha em vez da ocultação e o amor em vez da solidão. Perceber que o meu tempo podia efectivamente ser limitado no futuro previsível despoletou a necessidade de alegria, paixão, felicidade, respeito e dignidade na minha vida, AGORA.

Não é necessária uma crise como o cancro para abanar o nosso mundo e nos lembrar o que é importante. Como milhões de sobreviventes, poderá aprender a ser quem é em vez de quem os outros dizem que deve ser. Poderá encontrar formas de trazer para a sua vida as coisas que o fazem sentir-se feliz, apaixonado e preenchido, todos os dias.

As lições que aprendi com o cancro podem ajudar qualquer pessoa a criar um futuro mais alegre, equilibrado e forte. 

Escolha de Vida n.º 1: Escolha estar presente e aprecie o momento em que se encontra. Porquê esperar? O presente é tudo o que tem em qualquer momento; o passado já passou e o futuro ainda não aconteceu. Tendemos a esquecer-nos como pode ser fugaz a hipótese de saborearmos os momentos da vida como as dádivas que constituem. Após o cancro, poderá começar a apreciar de outra forma as dádivas diárias que alimentam o espírito e melhoram rapidamente o seu humor. Poderá:

  • Tomar consciência da sua respiração. Assim poderá esquecer o passado e o futuro, concentrando-se no momento presente.
  • Ouvir a sua intuição e ligar-se às coisas que o atraem, sem perguntar “porquê”? 
  • Observar o cenário ao seu redor e procurar coisas que o façam sorrir ou lhe digam alguma coisa. Concentre-se nelas durante alguns momentos. 
  • Envolver-se com as pessoas à sua volta. Praticar actos aleatórios de generosidade. Partilhar um sorriso ou piada com a pessoa junto a si. Passar alguns minutos a brincar com o seu filho ou animal de estimação. Abraçar alguém sem motivo.
  • Fechar os olhos e recordar um momento emocionante da sua vida. Imagine que está a acontecer agora.

Repare como a sua tensão desce enquanto a sua mente sossega e se concentra no presente, esquecendo o passado e o futuro.

Escolha de Vida n.º 2: Escolha sentir compaixão por si próprio, pelos que ama e pelo mundo que o rodeia. A compaixão por si próprio e pelos outros é crítica durante e após um evento transformador de vida como o cancro, quando as suas expectativas e emoções parecem uma montanha russa, sendo difíceis de gerir.

Lembre-se de que ninguém, incluindo-o a si, é perfeito, e de que a procura da saúde e felicidade conjunta constitui uma viagem contínua de aprendizagem e escolha. Pode utilizar a compaixão para o ajudar a fazer escolhas na sua vida, neste momento.

  • Quando pensar que falhou, procure a lição ou humor em vez de pensar que errou ou de se sentir culpado ou envergonhado.
  • Quando os outros não correspondem às suas expectativas, experimente perguntar-se o que teria feito no lugar deles, ou como gostaria de ser tratado se a situação se invertesse.
  • Experimente ser curioso e compreensivo consigo próprio e com os outros em vez de ríspido, crítico ou defensivo.

Optar pela compaixão consigo próprio e com o mundo que o rodeia poderá ajudá-lo a manter-se focado nas coisas que lhe transmitem energia positiva e que, de imediato, o fazem sentir-se bem com a vida.

Escolha de Vida n.º 3: Pratique a ligação aos outros enquanto fala.   

Muitos dos meus clientes pedem-me ajuda com as suas relações pessoais ou profissionais. Muitas vezes, seja qual for a situação, as suas preocupações e sentimentos resultam de equívocos e suposições que criaram para si próprios e/ou para os que os rodeiam. Não comunicam de forma clara.

Ajudo-os a criar um ambiente de “ninguém está errado” em que todos possam partilhar as suas emoções e opiniões de forma saudável. Eis algumas pistas para aprender a comunicar com sucesso com os outros.

  • Peça o que deseja de forma clara e específica, sem dizer que os outros estão errados e sem os colocar na defensiva. Assumir que “devem” saber do que precisa ou o que pretende não é justo nem realista, dando origem a desapontamentos.
  • Não receie dizer a verdade. Reconheça que há um elefante na loja de cristais. Enfrentar a verdade gera muito menos stress do que convencer-se de que não é real.  
  • Afaste-se e olhe para as situações da perspectiva da outra pessoa. Não julgue: limite-se a observar ou experimentar. Partilhe a sua apreciação e compreensão do ponto de vista do outro, mesmo que discorde dele.  
  • Aprenda a ouvir e fazer com que a outra pessoa se sinta ouvida. Por vezes precisamos de libertar as nossas emoções; precisamos apenas de alguém que nos oiça. Não precisamos que nos julguem ou resolvam os nossos problemas, nem queremos falar sobre a relação da outra pessoa com o que estamos a passar.
  • Escolha partilhar de forma consciente a dádiva do seu tempo e atenção total com as pessoas da sua vida, ou solicite essa dádiva para si. Ficará surpreendido quando vir como se sentirá bem depois.

A comunicação ligada fomenta a honestidade, confiança, compromisso e intimidade em qualquer tipo de relação.

A verdadeira beleza da comunicação ligada é a mentalidade de que nem tudo se centra em mim, em si, nele ou nela. Tem a ver com o que podemos fazer para nos tornarmos uns aos outros o melhor possível. A capacidade de comunicar de forma eficaz ajuda a proporcionar a liberdade de ser você próprio e aceitar os outros como eles são.

Pergunto-me sempre porque é que a valorização das nossas vidas não é uma prioridade diária. Será realmente necessária uma crise ou um evento transformador de vida para lembrar a cada um de nós como a vida é preciosa e para nos motivar para sairmos da rotina e valorizarmos o que temos? A que é que está a dizer “sim” quando adia a permissão para ser feliz agora? Porque é que as exigências do mundo que nos rodeia têm mais importância do que as pessoas que amamos e os valores que defendemos? Porque é que ter coisas é mais importante do que ter tempo para nos nutrirmos, assim como ao mundo que nos rodeia? Os seres humanos têm um reservatório incrível de coragem e força, a que podemos recorrer quando necessário ou quando escolhemos aceder ao mesmo. Pode optar por utilizar esta força em qualquer momento, e não apenas durante os tempos de crise ou mudança. Pode optar por viver agora o melhor da sua vida. Porque não experimentar já?

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Paula Holland De Long

What’s Next For My Life

Paula@WhatsNeXtForMyLife.com


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